Finalmente o túmulo de Tutmés II!

 Caros entusiastas do Antigo Egito, eis uma notícia muito interessante e importante para a compreensão do percurso de um dos menos conhecidos e mais misteriosos reis da XVIII dinastia: o anúncio oficial da identificação do túmulo de Tutmés II.

Descoberto em 2022 por Ashrad Omar, participante numa expedição conjunta anglo-egípcia, o túmulo encontra-se em Uadi Gabbanat el-Qurud, a oeste de Lucsor, conhecido por Wadi C-4, tendo sido meticulosamente escavado durante três anos até se conseguir obter uma identificação positiva do seu destinatário, agora oficialmente anunciada.

Contem quatro câmaras e dois corredores, com algum do material funerário do antigo rei, o que permitiu a dita identificação do espaço como seu local de eterno descanso, inclusive partes do Amduat, o texto funerário orientador do falecido na vida após a morte.

Esperemos que esta descoberta possa trazer alguma luz sobre a vida e percurso do efémero monarca do Império Novo, cuja principal nota de destaque foi o facto de ter sido antecessor, meio-irmão e marido da mais célebre rainha-faraó Hatchepsut. Pouco mais se sabe exceto que teve uma existência e reinado de duração breve e incerta e escassos vestígios arquitetónicos.

Após a sua morte, sucedeu-lhe o filho, Tutmés III (o futuro "Napoleão" do Antigo Egito) mas inicialmente numa situação anómala de reinado conjunto com a ambiciosa e inteligente Hatchepsut que duraria vinte e dois anos.

Ainda os sarcófagos egípcios

 

Realizou-se no dia 19 de fevereiro a sessão prevista sobre os

Sarcófagos egípcios existentes em Portugal, na Academia 

Portuguesa da História, sendo apresentadas imagens dos dez

ataúdes antropomórficos que se guardam em vários museus,

pertencentes a coleções públicas e privadas do nosso país.

Sarcófagos egípcios em Portugal

 

A Academia Portuguesa da História vai levar a efeito no dia 19

de fevereiro uma conferência que tem por tema Sarcófagos

egípcios em Portugal, a cargo do académico Luís Manuel 

de Araújo agora professor jubilado da Faculdade de Letras da

Universidade de Lisboa, e investigador emérito do seu Centro 

de História, apresentando os dez sarcófagos antropomórficos 

de madeira pintada que existem no nosso país em coleções de

antiguidades egípcias públicas e privadas (a entrada é livre).

Uma prenda gostosa

Depois da conferência na Direção de História e Cultura Militar

com o tema Das livrarias do antigo Egito à Biblioteca de

Alexandria, foi o orador presenteado com um grande volume

de título Viagem Gastronómica pelas Messes Militares 

do Exército Português, com notável requinte gráfico na sua

paginação a cores, e esmerada encadernação, com 450 páginas, 

que bem prestigia a Escola dos Serviços do Exército Português.

Na segunda imagem o tenente-general Maia Pereira, vice-chefe

do Estado-Maior do Exército, acabou de oferecer o magnífico e 

gostoso livro ao orador da sessão, que agora se dispõe a provar,

com tempo, vagar e moderação, os apetitosos pratos que o livro

exibe, com a vantagem de todos terem claras instruções sobre a

maneira de os confecionar, desde os pratos do Norte aos do Sul

de Portugal, elaborados nas messes de oficiais e de sargentos.

A última ilustração foi retirada de uma das páginas do volume,

revelando um dos pratos preferidos do signatário: o bacalhau à 

Brás (pp.230-231), um singelo exemplo entre os muitos pratos

de sopa, de peixe e de carne, bem rematados com as apetitosas 

sobremesas que certamente os bons restaurantes do nosso país

muito gostariam de incluir nas suas ementas, e as que constam

neste livro muito honram os profissionais que as elaboraram.

Ainda a Biblioteca do Exército

Pretende-se com esta singela «reportagem» evocar a sessão do

passado dia 12 de fevereiro, que teve lugar no belo Palácio dos

Marqueses do Lavradio, sede da Direção de História e Cultura

Militar, promovida pela Biblioteca do Exército, com a direção

do coronel Mário Jorge Freire da Silva, que com a sua aplicada

equipa de colaboradores propiciou um fecundo evento cultural.

Per-medjaut net mechá

Realizou-se no dia 12 de fevereiro a prevista conferência com

o aliciante tema «Das livrarias do antigo Egito à Biblioteca de

Alexandria», que contou com uma significativa assistência no

Palácio dos Marqueses do Lavradio no Campo de Santa Clara

em Lisboa, que é um excelente espaço para eventos culturais.

Um pequeno apontamento, que tem a sua dose de curiosidade,

foi referido no início da sessão, procurando encontrar paralelo

entre a designação de «Biblioteca do Exército» e uma possível

forma equivalente em antigo egípcio: Per-medjaut net mechá,

com a tradução de «Casa dos Rolos (de papiro) do Exército».

Os templos de Abu Simbel

A secção de Arqueologia da Sociedade de Geografia de Lisboa,

em colaboração com a secção de Estudos do Património, levará

a efeito no dia 12 de fevereiro, pelas 15 horas, no seu Auditório 

Adriano Moreira uma sessão integrada no ciclo de conferências

«Arqueólogos e arqueologia: efemérides e evocações», a cargo

do egiptólogo José das Candeias Sales, professor catedrático da

Universidade Aberta, membro do seu Centro de Estudos Gerais

e também do Centro de História da Universidade de Lisboa.

Bibliotecas do Egito, ontem e hoje

Na sessão programada para o próximo dia 12 de fevereiro, às

11 horas, na Biblioteca do Exército, o percurso expositivo irá

desde os primeiros registos escritos mais expressivos datados

do início do período histórico do Egito faraónico (cerca 3000 

a. C.) até à criação e incremento da Biblioteca de Alexandria,

a antiga e a moderna que foi inaugurada em outubro de 2002.

Na Biblioteca do Exército

Por simpático convite da direção da Biblioteca

do Exército, vai ter lugar no próximo dia 12 de

fevereiro uma conferência dedicada às antigas

livrarias do antigo Egito e à célebre Biblioteca 

de Alexandria, será no Palácio dos Marqueses 

do Lavradio, Campo de Santa Clara, Lisboa.

Rotary solidário em Belém

Realizou-se no passado dia 5 de janeiro uma sessão organizada

pelo Rotary Clube de Lisboa-Belém, numa acolhedora e airosa

sala do Hotel Vila Galé Ópera, dedicada à aliciante temática da

«Solidariedade e afeto no antigo Egito», onde se enfatizou uma

ideia essencial da civilização egípcia que foi a prática da maet

com as noções de solidariedade, candura, harmonia, equilíbrio,

justiça, retidão, afeto, tolerância, entreajuda, enfatizando ainda

a ordem, disciplina, organização, respeito pelos outros, noções

que milhares de anos depois os rotários tentam levar à prática.