Mesmo quando hoje em dia encontramos belíssimos baixos-relevos, sem qualquer adição de cor, não nos podemos esquecer que na época eram profusamente pintadas com cores intensas e que elas próprias tinham, para os antigos egípcios, significado especial.
Aqui ficam os principais princípios utilizados na representação a duas dimensões:
1-Lei da frontalidade - em que o tronco humano era representado de maneira frontal, sendo a cabeça e os membros representados de perfil, com exceção do olho que também era apresentado frontalmente. No caso dos animais, estes eram também representados de perfil, pois esta era a forma melhor para serem facilmente identificados.
1-Lei da frontalidade - em que o tronco humano era representado de maneira frontal, sendo a cabeça e os membros representados de perfil, com exceção do olho que também era apresentado frontalmente. No caso dos animais, estes eram também representados de perfil, pois esta era a forma melhor para serem facilmente identificados.
2-Princípio da variação de dimensões - As leis da perspectiva não eram utilizadas. O tamanho das figuras humanas variava conforme a hierarquia. Assim, o faraó, os deuses ou o indivíduo dono do seu túmulo eram representados muito maiores que os outros indivíduos. A seguir eram representados progressivamente em menor dimensão os sacerdotes, depois os soldados e em último lugar o povo.
Também os filhos eram representados muito pequenos, ficando muitas vezes na parte de baixo das cadeiras e não ultrapassando os joelhos da figura principal.
Caracteristicamente qualquer indivíduo representado sentado seria a figura mais importante nessa pintura.
Caracteristicamente qualquer indivíduo representado sentado seria a figura mais importante nessa pintura.
3-Princípio da idealização - A pintura era fortemente idealizada e conceptual. Isso podia-se ver pela forma como representavam as mãos ou os pés (como exemplo, habitualmente, víamos 2 pés esquerdos ou 2 pés direitos, pois o que importava era o conceito geral de pé com o dedo grande virado para o observador assim como o escavado do pé também visível).
Na maioria dos casos os indivíduos mais importantes eram representados com a aparência de adultos jovens, pois era assim que desejavam preservar a sua imagem.
a continuar...
No contexto deste tema, aqui atempadamente trazido pelo nosso sunu Jorge Pronto, recomenda-se a leitura de um artigo do Prof. José das Candeias Sales publicado no volume Arte Pré-Clássica, com o título «A pintura no Egipto antigo - entre convenções de representação e princípios de expressão gráfica: uma arte intelectual» (2007, pp. 175-195).
ResponderEliminarOu muito me engano, ou a primeira imagem que nós vemos nesta página acerca da pintura do Antigo Egipto pertence a um templo que eu aprecio muito: o templo de Hatshepsut, em Deir-el-Bahari, chamado Djeser-Djeseru. Penso que é Tutmés II ou Tutmés III que está representado.
ResponderEliminarobrigado aos criadores deste blogue, deu muita ajuda num trabalho sendo melhor que o wikipédia.$$$Mourão$$$
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