quarta-feira, 20 de junho de 2012

O dia a dia

Uma das grandes dificuldades da "interpretação sociológica" dos antigos egípcios é, obviamente, a sua ausência enquanto sociedade viva. Temos de ir às abundantes fontes históricas, correndo sempre o risco de interpretações abusivas. É por isso que este diorama é para mim interessante, porquanto, abusivamente ou não, aqui os temos vivinhos e bem nutridos, a trabalhar no "maior oásis do mundo".

Fonte: National Museum of Scotland

4 comentários:

  1. Olá
    me chamo Janahina Borges, sou de Pelotas /RS, sou bailarina, professora e coreógrafa de Dança Oriental Árabe, mais conhecida no Brasil como Dança do Ventre. Amo a cultura egípcia, estudo muito e gostaria de parabenizar a todos os "escribas" deste blog maravilhoso e também gostaria de agradecer a generozidade de cada um de vcs em dividir o tesouso que é o conhecimento em egiptologia que compartilham neste belo espaço...
    A todos MUITO OBRIGADO!!!
    :)

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  2. Realmente as reconstituições históricas, sobretudo as de tempos muito recuados, são por vezes controversas e até mesmo perigosas, mas esta que aqui nos trouxe o nosso escriba António Luís, regressado da Escócia, parece ser plausível.

    Aliás, o exímio desenhador desta reconstituição baseou-se em imagens históricas bem conhecidas de documentos arqueológicos da fase pré-dinástica e de emergência do Egito faraónico, como a Maça do rei Escorpião e a Paleta de Narmer.

    Nesses documentos se pode ver o rei com a coroa branca, e num deles está a lançar as primeiras sementes à terra, para que o seu gesto mágico traga depois abundância na colheita - é um ritual feito na presença de toda a corte.

    Lá estão os portadores de leques, o porta sandálias, os soldados, o sacerdote, os camponeses... E do outro lado do canal a rainha (transportada em liteira), e a sua escolta esperam que a cerimónia termine.

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  3. É sempre arriscado fazer reconstituições históricas, afinal de contas as informações de que dispomos desse tempo ou de qualquer outro tão recuado são muitas vezes fragmentárias e tão contraditórias que é bom nem tentar.

    Mas esta parece, senão muito autêntica, pelo menos bastante interessante em todos os pontos de vista. Às vezes nem que seja por uma questão de desafio, é bom tentar, nem que seja só para depois percebermos que algo está mal e tentar de novo.

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  4. Infelizmente a fotografia só foi inventada vários milénios depois destas cenas se passarem (e mesmo que os egípcios a tivessem descoberto, este tipo de material não íria suportar todo esse tempo, LOL). Aparentemente este cenário é bastante plausível e vai de encontro ao nosso imaginário.
    Gostei!

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