quarta-feira, 7 de abril de 2021

Antigo Egito - 12.ª sessão




No próximo sábado, 10 de abril, realiza-se a 12.ª sessão do curso
sobre o antigo Egito que decorre no Solar Condes de Resende, em
Canelas, com o alto patrocínio da Câmara Municipal de Vila Nova
de Gaia, sendo dedicada ao tema que a primeira imagem anuncia:
«A Literatura do Antigo Egito», pelo Doutor Telo Ferreira Canhão
 do Centro de História da Faculdade de Letras da Universidade de
 Lisboa (esta sessão será por videoconferência, tal como sucedeu
 nas anteriores, devido à pandemia e às regras que ela impõe).

Apesar de ser muito variada, a literatura egípcia que chegou até
nós é, normalmente, organizada em cinco géneros: instruções,
literatura das ideias, poesia lírica, textos ideológicos e contos, 
podendo, neste âmbito, considerar-se a existência de diversos
subgéneros. Serão vistos nesta sessão cada um destes géneros
com os textos que os integram, dando destaque a composições
famosas: a História de Sinuhe, o Conto do Náufrago, o Conto
do Camponês Eloquente, a Instrução de Kheti, Hinos ao Rei
Senuseret III, o Conto dos Dois Irmãos, entre outros.

1 comentário:

  1. A literatura do antigo Egito pode ser interpretada de inúmeras maneiras, havendo muitas possibilidades de abordagem, da religiosa à mágica, passando por outras como a astronómica, a política ou a simbólica. Mas tal como a arte estava muito ligada ao poder político e à religião, também a literatura cumpria o seu papel na sociedade, podendo-se afirmar que o seu primeiro objetivo era a formação. A ideia de uma literatura «para distrair», «para quebrar o tédio» não existia, a não ser como forma literária para lançar ideias com grande impacto na sociedade egípcia. Além desta componente pedagógica, tinham ainda uma componente didática, sendo também utilizados na formação de escribas, não só do ponto de vista caligráfico, gramatical e vocabular, mas também na sua formação pessoal através da abordagem dos temas. Mesmo ficcionados, eram normalmente construídos sobre uma base facilmente reconhecível no tecido natural ou social, que lhes dava credibilidade e sustentabilidade.

    ResponderEliminar