segunda-feira, 8 de março de 2021

Ainda a mulher egípcia




Continuamos a celebrar a mulher egípcia revelada na estatuária
e no baixo-relevo, a que se deverão juntar as muitas descrições 
na literatura, todas atestando o apreço e o respeito com que ela
era vista no antigo Egito, numa situação que não se vê com tal
clareza noutras civilizações pré-clássicas (à exceção de Creta).

A grande novidade que a escultura do Império Novo trouxe foi
mostrar os casais por vezes enlaçados como se vê acima, numa
solução técnica de busca da simetria do conjunto, ao contrário 
das estátuas de casais do Império Antigo, em que era a mulher
que tomava a iniciativa de um enlace ternurento com o esposo.

Ao centro vemos um grupo de bonitas jovens do harém do rei
Amen-hotep III (c. 1390-1353 a. C.), numa fase de apogeu do 
Império Novo, com requintadas cabeleiras e agitando os seus 
sistros festivamente, e em baixo está uma modalidade muito
representada nessa época histórica: um casal de mãos dadas.

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