quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

De novo Tutankhamon



Como seria de esperar, o aniversário da descoberta do túmulo
fabuloso do jovem faraó Tutankhamon por Howard Carter,
que ocorreu em novembro do ano passado, propiciou a várias
editoras a publicação de livros e revistas dedicadas a esse rei,
que acaba por ser um dos mais famosos do antigo Egito.

Entre diversas editoras merece relevo a National Geographic,
sempre criteriosa e rigorosa na escolha dos seus temas e dos
autores que convida, completando a seguir com uma apurada
revisão científica por especialistas nas matérias apresentadas
tendo em conta a necessária adaptação para o português.

Infelizmente, algumas editoras, sempre atentas às temáticas,
efemérides e títulos que vendam bem, aproveitam estas boas
oportunidades e lançam obras que são do agrado do público,
mas que não foram objeto de uma revisão científica, talvez
para não encarecer o «produto», e daí os crassos dislates.

Foi o que se passou com os dois livros saídos recentemente,
de editoras ávidas pelas vendas, mas com uma notória falta
de respeito pelos seus leitores, com erros de tradução, a que
se junta uma desastrada adaptação de nomes egípcios (isso
vê-se logo na capa do segundo volume, das Edições 70).

Dos dois livros que se mostram na segunda imagem vão ser
feitas as imprescindíveis recensões críticas, para denunciar
os erros cometidos, atribuíveis ao desleixo editorial, à falta
de preparação dos revisores, à avidez rapace de lançar para
o mercado as obras e ao alvar desrespeito pelos leitores.

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