sábado, 26 de novembro de 2011

O último faraó autóctone



No ano de 360 a.C. subiu ao trono o último faraó autóctone do Egito (XXX dinastia).
O seu nome em grego era Nectanebo (II) que correspondia ao prenome e nome egípcio Senedjemibré-setepeninihur ("o que é agradável ao coração de Ré" - "Escolhido por Onuris *") Nakhthorheb ("Horus é forte").
Durante o seu reinado procedeu à construção
de vários templos e restauros em outros .
Para fazer pagamentos aos mercenários gregos que o apoiavam cunhou moedas de ouro (como podemos ver neste nosso blog http://faraoecompanhia.blogspot.com/2011/01/moeda-no-antigo-egipto.html ), o que era novidade para os egípcios que até essa altura não cunhavam moeda para proceder às suas transações. No entanto em 343 a.C. o seu reinado terminou após a invasão persa por Artaxerxes III, tendo-se iniciado o 2º período persa que terminou pouco depois em 332 a.C. com a conquista do Egito por Alexandre o Grande, quase sem resistência por incapacidade dos persas em se defenderem perante a superioridade manifesta do exército de Alexandre.

* Onuris - deus da guerra e da caça nesta altura sincretizado com o deus Chu (deus do ar)

2 comentários:

  1. Mas como com todos os invasores, Alexandre foi mais outro monarca estrangeiro egipcianizado e convertido em faraó. É um testemunho à perseverança e resistência da cultura faraónica perante o domínio estrangeiro. Não admira que tenha sobrevivido tantos milénios.

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  2. De facto Nakhthorheb (360-343 a. C.), que em grego era Nectanebo (II), foi o último rei autóctone do Egito, depois dele seria preciso esperar uns dois mil e trezentos anos até ver no poder outro autóctone egípcio: Gamal Abdel Nasser, em 1952.

    Pelo caminho ficaram os ocupantes persas, gregos, macedónios, romanos, bizantinos, árabes, mamelucos, turcos, franceses, ingleses... Agora esperamos as próximas eleições para se começar e ver qual será o futuro do milenar Egito.

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