Todos conhecemos que as pirâmides de Guisa, mas mais concretamente a primeira a ser construída (Faraó Khufu / Keops) e ao mesmo tempo maior, foram consideradas uma das 7 maravilhas do mundo antigo. Presentemente é a única das 7 que se mantém de pé, embora com o passar dos milhares de anos e a pilhagem para obter materiais de construção, tenha perdido toda a sua cobertura. Ela é de facto uma maravilha tanto do ponto de vista arquitectónico, como do ponto de vista da técnica de construção, como da logística humana utilizada para um empreendimento desta dimensão. Estávamos ainda num período bem remoto da civilização egípcia, exactamente na IV dinastia (Antigo Império). Khrufu foi faraó entre os anos de 2589 a 2566 AC, tendo a sua pirâmide, que possuía aproximadamente 2 300 000 blocos de pedra e demorado cerca de 20 anos até ser concluída. Nessa altura não existia um número significativo de escravos, pelo que a grande maioria eram camponeses, que ficavam ao serviço do faraó durante os 4 meses de cheias, em que pouco tinham para fazer. Outros em menor número, possivelmente ficariam a trabalhar duma forma mais permanente para o faraó. Imaginem toda a dificuldade de transportar pedras de tão grande dimensão, algumas, tão longe como Assuão, a cerca de 800 km, vindo por barco pelo Nilo, a maioria seria extraído de pedreiras nas imediações, sendo depois levadas até ao local de colocação, através de rampas que rodeavam a própria pirâmide. A sua orientação está conforme os pontos cardeais, e algumas aberturas existentes estariam orientadas para algumas estrelas de grande importância astronómica para os egípcios, como Sírius e a cintura de Orion.
A Técnica de construção de pirâmides foi melhorando desde Djoser da III Dinastia, em que com o seu arquitecto Imhotep, engendraram maneira de sobrepor 6 mastabas, que deu resultado na famosa pirâmide de degraus, que atingiu 60 metros de altura, em Sakara. Depois dele, Senefru, pai de Khufu, fez em Meidum uma pirâmide com deficiências de concepção e uma inclinação exagerada que colapsou parcialmente. Em Dashur, o mesmo faraó mandou construir mais duas pirâmides, uma, chamada, romboidal, porque começou com uma inclinação de 60º, mas que a parte superior tem uma inclinação mais leve de 43º, por ter havido abatimento parcial. A outra pirâmide, foi chamada de vermelha, pela cor do material de cobertura, e tem um ângulo de 43º. Por ter tido finalmente sucesso, permitiu transmitir os conhecimentos essenciais para Khufu, o seu filho, realizar a sua pirâmide com todo o sucesso.
Dimensões da pirâmide:
Lado- 230,38m ; Altura original- 146,6m; Ângulo de inclinação- 51,52º
Existem muitas teorias esotéricas controversas, mas sem base científica muito sólida, deixando aqui um exemplo que se pode ver na parte final do link que se segue...
Para complemento das informações aqui prestadas recomendo a consulta do Dicionário do Antigo Egipto no artigo «Pirâmides», e, já agora, os que tratam de «Piramidologia» e «Piramidomania».
ResponderEliminarEntretanto, e para fazer inveja aos escribas e leitores de «Faraó e Companhia», anuncio que na Páscoa de 2011 vou lá estar no planalto de Guiza e ver de novo a Grande Pirâmide de Khufu, e as outras feitas para Khafré e Menkauré.
Sim, embora ainda faltem uns quatro meses para a partida para o Egipto, o nosso grupo já está completo com 50 pessoas inscritas (e até já existe uma lista de reserva).
Uma maravilha da engenharia essas pirâmides,uma conjunção de arquitetura e planejamento pois uniu mão de obra em larga escala afinal de contas eram dezenas de milhares de trabalhadores e um plano de construção definido por um arquiteto digamos competente.Elas perpassaram os séculos e todas os fatores que lhe vieram como tempestades de areia,vandalismo,chuvas entre tantos outros sendo o último remanescente das 7 maravilhas da antiguidade já que as outras 6 ou estão em ruínas ou perdidas,que ainda está de pé.Vemos que a engenhosidade egípcia não caiu com Cleópatra e o império ...Hehehe!!
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