Na secção dedicada ao misterioso e ao enigmático, aquele tomo da prateleira exclusiva da colecção de capa preta da Bertrand, dos idos de 60-70, «O Vale dos Reis–A Maldição de Tutankhamon», de Otto Neubert, enchia-me as medidas pela capa atraente e pelo autêntico policial que relatava.
Mal pensava eu então que um dia iria descobrir parte desse mundo, e que, apesar de agora quase totalmente explicado e racionalmente, deu-me vontade de o reler e sacudir-lhe o pó.
Também cá o temos ;-). Faz parte da biblioteca egípcia cá de casa
ResponderEliminarAh, já nem me lembrava desse arcaico «Vale dos Reis» de Otto Neubert, um oficial da marinha meercante que gostava do Egipto, e cujo original data de 1970 (já lá vão quarenta anos!!!).
ResponderEliminarHoje olho para o livro (também o tenho) e verifico que o seu autor comete alguns erros crassos, um dos quais é olhar para a história do antigo Egipto com olhos greco-romanos - por isso vê escravos em todo o lado e torturas em massa que não estão documentadas em nenhum lado.
Ele cumpriu a sua missão de suscitar interesse por uma civilização extraordinária, mas agora está ultrapassadíssimo! Nenhum aluno de História o lê para aprender, apenas para ver como no passado se olhava para o Egipto...
Mas não resisti e também o folheei e, sensação inenarrável, reparei num texto hieroglífico que usei para aprender a escrita quando estive na Universidade do Cairo a estudar em 1984-1985 - embora não neste volume de capa preta, mas com os textos de Alan Gardiner.
E já agora peço ao Paulo, que é tão talentoso nestas artes bloguísticas, um favor: publicar no nosso blogue o texto hieroglífico da p. 25 e a seguir o texto hierático da p. 35, que eu logo traduzo e digo o que lá está.