segunda-feira, 29 de novembro de 2010

A arte de fotografar no Egipto, ou em qualquer outro local



Pois é, meus amigos. Quem pode, nos nossos dias, achar que fotografia não tem nada a ver com o Egipto? Quem pode ficar indiferente perante tantas belezas, sejam elas: os templos no seu ambiente, ou nos seus pormenores, sejam conjunto dos mais diferentes artefactos, explêndidas peças de joalharia, estátuas ínfimas ou gigantescas que podemos encontrar em museus ou a céu aberto? Quem pode esquecer os milénios que se passaram sobre as maravilhosas imagens policromáticas do interior das tumbas, os lindíssimos sarcófagos, as múmias tão bem preservadas? Quem pode, não se sentir privilegiado por poder ter acesso a locais cujo destino só alguns podiam aceder, a maravilhas destinadas a acompanhar o defunto para a sua viagem para o Além?


Também fora das zonas relacionadas com a civilização, não podemos perder as cenas no Nilo,


do Cairo a Abu Symbel, os fabulosos pôr-de-sol, as mesquitas, as igrejas coptas, os mercados com as suas gentes... São uma multiplicidade de temas, para todos os gostos. No fundo, é a possibilidade de trazermos connosco as nossas melhores recordações, e que nos vai permitir manter ainda mais viva a memória dessa viagem na história, que é o Egipto.




Por todas estas razões, devemos tentar captar essa multiplicidade de motivos e, no fim, acabamos certamente com várias centenas de fotos capturadas. Do cuidado que tivermos nessa captura, vai certamente reflectir-se o resultado final. Ao fim e ao cabo tivemos de lutar com contrariedades, porque o interior do templo é escuro e não pudemos (nem devíamos) utilizar o flash, ou porque uma multidão de turistas obstruiu a imagem que queríamos captar, ou porque a imagem ficou tremida ou desfocada, ou torta...


Enfim, também nunca disse que iría ser fácil....


Mas está certamente na nossa mão conseguir melhorar a qualidade das mesmas fotografias...Vou abordar 2 situações que do meu ponto de vista são importantes:


1) Sempre que possível, tento compôr a imagem de forma a utilizar a famosa regra dos terços, que corresponde a dividir a imagem com 2 linhas horizontais e 2 verticais, com áreas correspondendo a terços, um pouco à semelhança do que se faz com o jogo do galo. Num dos pontos de intersecção, devem ser colocados o(s) objecto(s) principais, devendo evitar-se, na maioria dos casos, de o colocar exactamente na região central da imagem. Assim a foto fica bem mais harmoniosa e equilibrada (foram os pintores da Renascença, como por exemplo Leonardo da Vinci, que utilizaram estes pontos força, com os resultados que se conhecem).


2) Outra situação que frequentemente nos deparamos, é o caso de fotos no interior pouco iluminado, em que não podemos usar flash. A maioria das máquinas, hoje em dia, possuem mecanismos que permitem alguma compensação. Em 1º lugar, devemos aumentar o ISO (sensibilidade) para 400, (aumentar mais esse valor implica aumentar consideralmente o ruído da imagem, pelo que usaremos só em caso desesperado). Em 2º lugar teremos de usar um programa semi-automático de prioridade ao obturador (S) para se escolher velocidades de obturação o mais baixa possível. Se a máquina não tiver sistema redutor de vibrações (estabilizador de imagens) teremos de optar por uma velocidade mais conservadora de 1/60s , pois abaixo disto, sem tripé, vai haver certamente imagem tremida. No caso da máquina ter esse estabilizador, podemos tirar a foto a uma menor velocidade, o que permite aumentar bastante a luminosidade da mesma. Com as máquinas digitais, podemos reconhecer imediatamente, se a foto está boa ou tem de ser repetida pela simples observação quer no display da máquina, quer no histograma, se este existir. Essa é uma das grandes vantagens de utilizar uma máquina digital.

E aqui fica um link bem didático...

1 comentário:

  1. Aproveito esta oprtunidade de apreciar um curso rapidíssimo de fotografia para agradecer ao meu Amigo sunu Jorge Pronto as muitas dezenas de belas fotografias que me ofereceu evocativas da nossa viagem ao Egipto na Páscoa de 2010.

    Muitas das fotos com as quais enchi dois álbuns que revejo amiúde e com saudade na quietude comtemplativa dos fins de semana na Praia das Maçãs devem-se à apurada técnica do nosso sunu.

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