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Os antigos egípcios foram os responsáveis pela concepção do primeiro calendário solar conhecido e que, ainda hoje, é utilizado genericamente.
Foram eles que dividiram o ano (renpet) em 365 dias (su).
Na prática, criaram 12 meses (abed) de 30 dias, estando cada mês dividido em 3 décadas (ou semanas de 10 dias).
Assim, como 12 meses de 30 dias prefazem 360 dias, foram acrescentados outros 5 dias suplementares (os dias epagómenos).
Como no Antigo Egipto era fundamental não só a previsão das cheias do Nilo, mas também a época correcta para a sementeira e a colheita, os meses foram agrupados em três estações:
-Akhet - correspondia à estação das inundações e decorria desde meados de Julho até meados de Novembro.
-Peret - correspondia à estação das sementeiras e ia de meados de Novembro a meados de Março.
-Chemu - correspondia à época das colheitas entre meados de Março a meados de Julho.
O início do ano era determinado pelo reaparecimento da estrela Sirius no horizonte.
A inexistência de um ano bissexto, foi provocando o atraso progressivo do calendário em relação ao tempo real, demorando 1461 anos a acertar novamente o calendário. Este problema nunca foi resolvido apesar de terem havido tentativas para o solucionar.
Para finalizar, ainda existe uma outra curiosidade: o dia embora estivesse constituido, como hoje, em 24 horas, eles dividiam o dia em 12 horas diurnas e 12 horas nocturnas, mas eram "horas" de duração variável ao longo dos dias do ano.
Foto de calendário numa parede do Templo de Kom-Ombo