sobre elefante berniniano.
E na base: «Sapientis Aegypti/ insculptas obelisco figuras/ ab elephanto/ belluarum fortissima/ gestari quisquis hic vides/ documentum intellige/ robustae mentis esse/ solidam sapientiam sustinere»
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
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Pelas minhas contas, obeliscos em Roma, são 8.
ResponderEliminarA nossa escriba Teresa apresenta um deles.
De facto é um obelisco original, mas simultaneamente estranho, pelo facto de se ter feito a fusão do obelisco de Apriés (XXVI Din.- Época Baixa do A. Egipto) com a escultura de Bernini. Lá está numa pequena praça de Roma (Piazza della Minerva).
Vou gostar de saber a opinião do nosso Professor... Será que gosta, ou critica por este abastardamento?
Obrigada, escriba Jorge pelo desenvolvimento do meu post!
ResponderEliminarPartindo da contribuição da nossa escriba Teresa e prosseguindo o comentário do nosso sunu Jorge, direi, para começar, que não considero a junção do elefante e do obelisco um «abastardamento» - digamos que é um enriquecimento volumétrico do espaço onde eles se implantaram, muito ao gosto do período barroco.
ResponderEliminarDe resto, outros obeliscos transportados para a Europa desde os tempos do Império Romano sofreram adaptações para os tornar mais visíveis ou para os segurar melhor no novo local onde foram implantados. No caso do obelisco de Apriés acima postado, que tem apenas 5,47 metros de altura, ficou assim mais elevado e imponente. Quanto aos de Paris, de Londres, e outros em Itália, foram objecto de adaptações, umas melhores outras piores.
Na verdade existem hoje mais obeliscos fora do Egipto que no próprio território egípcio. Só em Itália há treze, doze dos quais em Roma, e um deles em pleno coração da cristandade, a Praça de São Pedro, no Vaticano. E note-se que o maior obelisco egípcio que chegou até nós está precisamente em Roma, na Praça de São João de Latrão - é um obelisco de Tutmés III com 32,18 metros de altura!
Para mais informação veja-se o sucinto artigo de Cristina Chautard Correia, «Obelisco», em Dicionário do Antigo Egipto, pp. 636-637.