Na sequência do post anterior, e ainda sob o tema do Templo de Ramsés II em Abu Simbel, achei importante referenciar os trabalhos realizados pelo pintor escocês, David Roberts (1796- 1864), concretamente sobre este magnífico templo que espelha o grau de desmazelo e abandono a que este monumento chegou: praticamente todo invadido pelas areias do deserto.
A egiptologia actual deve muito a este pintor por ter preservado, na tela, as imagens de grande parte dos templos e pirâmides conhecidas em meados do século XIX.
Foi, no entanto, o clima extremamente seco e as areias do deserto que conseguiram preservar parte das cores ainda hoje existentes no interior de alguns dos templos.
As notáveis gravuras de David Roberts são belas obras de arte além de serem documentos preciosos para sabermos do estado de alguns monumentos na altura em que ele os pintou. Também reproduziu cenas da vida quotidiana do Cairo e de outros locais.
ResponderEliminarPara mais informações sobre David Roberts aconselho a leitura do artigo sobre este artista no Dicionário do Antigo Egipto, p. 752.
Como curiosidade, não resisto a justificar a causa da mutilação de um dos quatro colossos de Ramsés II na entrada do templo.
ResponderEliminarFoi em 27 a.C., que um violento sismo provocou o colapso parcial (cabeça e parte do tronco).
Quando foi feita a mudança de local do templo, por causa da Barragem de Assuão, tomou-se a decisão de não colocar no seu lugar original os fragmentos que se encontravam aos pés das estátuas.