sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Porque não me canso eu deles?


Akhenaton e Nefertiti

2 comentários:

  1. Sim, porque será?

    Será porque a figura de Akhenaton em certas imagens aparece espantosamente diferente da habitual iconografia da realeza? No entanto também se conhecem representações do rei em imagens «normais» (no Museu do Louvre).

    Será porque o busto de Nefertiti ainda hoje seduz as pessoas como afirmação de uma beleza modelar e exótica? No entanto também se conhecem representações da rainha em imagens deformadas (estelas de Amarna).

    Será porque Akhenaton quis implantar uma nova «religião» com um deus «único» e dispensador universal de paz e de luz? No entanto estas características vêem-se também noutros deuses egípcios, como Amon-Ré.

    Será porque o desaparecimento do seu corpo e a perseguição da sua memória, com o adensamento do mistério sobre a personagem, o tornam atractivo e sedutor?

    Será porque o belo Hino ao Sol, da autoria do próprio Akhenaton, e gravado no túmulo do alto funcionário Ai, está muito bem elaborado e chega mesmo a ser comovente?

    Será porque as imagens do casal real de mão dada e beijando-se, ou brincando com as filhas num envolvente ambiente familiar, os tornam mais humanos e diferentes da inacessível e divina majestade dos outros reis?

    Será porque os dois davam um bom filme?

    E a propósito, há algum filme sobre eles?

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  2. É por todas essas razões, sim, e que talvez só as esculturas-totem da Ilha de Páscoa tenham o mesmo efeito em mim, hipnotizado que fico sempre que vejo Akhenaton distorcido sob aquele prisma alienígena.

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